Pela união de um grupo

Posted by Bispo Rodovalho | | Posted on 09:52

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Entrevista concedida ao Jornal Alô Brasília
Á Lívio di Araújo em 20/03/09

Físico especializado em Ressonância Magnética, o secretário de Trabalho Robson Rodovalho é uma das grandes lideranças do Distrito Federal. Eleito deputado federal pelo DEM, o goiano de Anápolis é o comandante de um grande ministério evangélico, a Igreja Sara Nossa Terra, ao lado da esposa, a bispa Lúcia Rodovalho. O secretário falou com exclusividade ao Jornal Alô Brasília nesta semana sobre temas como a secretaria, o cenário político do Distrito Federal e sua disposição em disputar uma vaga no Senado em 2010. Ou não... Afinal, Rodovalho está estudando, atentamente, os convites que tem recebido.

Alô Brasília: O senhor foi eleito como deputado federal, mas atua hoje como secretário de Trabalho do DF. Por que abrir mão de um trabalho Legislativo para assumir um cargo no Executivo em meio a uma crise econômica e um cenário de empregabilidade tão difícil?

Rodovalho: Eu fui convidado pelo governador Arruda para ser secretário ainda no início do governo. Mas eu senti a responsabilidade de estar na Câmara dos Deputados naquele momento, até porque eu estava criando a Frente da Família, da qual sou presidente. Depois de um ano eu senti que era possível dar outro passo, visto que a bandeira da família estava muito bem organizada. Foi quando o governador fez o convite novamente. Eu senti que a minha dívida com a camada da população mais carente precisaria ser paga. Tenho três grandes compromissos: com a família, com os mais pobres e com o desenvolvimento.

Alô Brasília: Que compromisso seria esse com a população de baixa renda?

Rodovalho: Os meus três compromissos estão interligados. Acredito que a sociedade sólida provém da família. Ou seja, proteger a família é uma prioridade básica. Outra prioridade é ajudar os mais pobres. Os ricos precisam do Estado, apenas do Estado, mas o pobre precisa de governo. O governo não precisa atender as populações mais privilegiadas, pois eles moram em boas casas, têm asfalto de primeira qualidade, têm saúde privada. Agora o pobre não, ele precisa do governo, da assistência, do incentivo. O terceiro compromisso é com o desenvolvimento, pois a gente sabe que a melhor forma de ajudar o mais necessitando é promovendo a qualificação e inserindo essa pessoa no mercado de trabalho. Esse é o desenvolvimento permanente, a forma de dar não apenas o peixe, mas ensinar a pescar. Então eu aceitei o desafio e assumi a secretaria.

Alô Brasília: A-Tenda é um dos carros-chefes da secretaria?

Rodovalho: É o carro-chefe. É o programa da secretaria. Lançaremos mais novos programas, mas A-Tenda é o carro-chefe porque são 2,5 mil pessoas que passam pela qualificação sem nenhuma evasão, evasão zero. Isso nunca aconteceu em nenhum programa do Ministério do Trabalho. Pelo contrário, durante o curso nós temos é procura pelos cursos. Enquanto capacitamos às pessoas, outra parte da equipe está nas ruas captando empregos na região. A pessoa já sai empregada.


Alô Brasília: Todos têm a garantia de emprego?

Rodovalho: Entre 15% e 20% das pessoas que passam pelos cursos já saem empregadas. É um quantitativo respeitável.

Alô Brasília: O senhor termina o governo como secretário ou pretende voltar á Câmara dos Deputados?

Rodovalho: Eu tenho um programa montado na secretaria que eu gostaria de terminá-lo. Esse governo é um governo de coalizão que nós montamos de líderes da cidade, ganhamos, deu certo. Estamos realizando o governo com muitos acertos e alguns erros, todos entendemos que erramos, mas o governo está aí. Eu quero terminar uma fase, um projeto, e quero dar um choque de qualificação e gestão na cidade. Quero trazer coisas que nunca ninguém pensou e realizou. A-Tenda é uma delas. Depois, nós vamos ver como será o palco de 2010 e a partir daí é que decidirei meu futuro. A prioridade do governo tem sido a gestão, mas por outro lado, politicamente, tem sido sempre falado dentro do governo que a gente (eu e o governo) temos tido algumas dissonâncias.


Alô Brasília: Que dissonâncias?

Rodovalho: Eu acho que o nosso grupo abriu muito e abrigou ex-adversários que serão futuros adversários, e isso desvaloriza quem está dentro do nosso grupo desde o começo, e valoriza quem não vai contribuir no futuro. Eu não sei como vai ser o futuro, mas estou lutando para manter a unidade do grupo.

Alô Brasília: E o senhor está satisfeito com o partido ou pretende mudar de legenda?

Rodovalho: Brasília inteira sabe da dificuldade que eu tenho com o partido desde o início, principalmente na questão mais filosófica. Eu acho que no nosso partido, embora sendo um partido tradicional, de grandes contribuições para o país no passado, eu não encontro muito espaço para a inserção social. O mundo mudou muito, o discurso hoje é outro, a realidade é outra. Tenho excelentes relações pessoais com os membros do partido, mas dificuldades com o eixo, com a filosofia central. O TSE proibiu-nos de sair, isso foi ruim. Eu não entendo, feriu a democracia. Estamos entrando 2010 com a possibilidade de todos estarmos trancados, sem possibilidade de nos realinharmos filosoficamente. Mas se as regras forem essas, terei que acatá-las. Tenho excelentes relações com os Democratas, mas quero crescer.

Alô Brasília: E está tendo dificuldades de crescer dentro do DEM?

Rodovalho: Eu almejo novos passos e o DEM deveria ter, no mínimo, a dignidade de abrir uma consulta honesta, transparente, sem conduções de caciques, uma coisa realmente democrática, para que as pessoas possam crescer. Se o Obama estivesse no Brasil ele jamais seria o presidente, por todas as regras. Isso desanima a gente.

Alô Brasília: Esses novos passos seriam rumo ao senado ou ao GDF?

Rodovalho: Por enquanto eu digo que quero crescer. Eu só acho que temos que buscar o potencial de quem tem chance. Quando fazemos parte de um grupo e um deste grupo ganha, todos ganham. Eu quero fazer parte de um grupo que seja vencedor, que não use golpes baixos, joguinhos, coronelismo, honesto, capaz de fortalecer uns aos outros em busca da vitória maior. Meu nome está disponível. Sei que comecei agora, tem muita gente na fila antes de mim, mas sei também do meu potencial de liderança dentro da cidade.

Alô Brasília: Mas se o senhor tivesse que se decidir agora?

Rodovalho: Você está me apertando muito... Mas se fosse hoje, eu lutaria para conseguir a vaga no Senado. Mas o quadro é 2010, quero ouvir o governador, o grupo.

Alô Brasília: Ainda não temos cenário definido, mas temos um pré-cenário basicamente instituído. Uma reeleição, uma volta esperada, uma promessa. Temos, no mínimo, três fortes nomes para 2010. No cenário do momento, como fica o Robson Rodovalho?

Rodovalho: O quadro de 2010 será muito difícil, completamente diferente do que em 2006. O mais difícil da história do DF, mas o melhor também. Grandes gestores, todos com muita experiência e a cidade vai ganhar. Quando se tem um pleito democrático como esse, todo mundo ganha. Meu nome está colocado na mesa para o senado, mas eu sou de harmonização. Tenho meu marco e quero discutir internamente. Por enquanto, temos apenas previsões.

Alô Brasília: E sobre a possibilidade de o senhor ser o vice do Roriz?

Rodovalho: (pausa) Esses convites no mundo político são muito comuns. Hoje, todo mundo é convidado. Tanto pelo governador Arruda quanto por outros partidos. Eu fui convidado por quase todos os partidos do Distrito Federal. Mas, como eu já disse, o palco será formado em 2010, apenas. Até lá, quero fazer uma grande gestão. O DF precisa ganhar políticas públicas, o compromisso que foi feito em 2006 precisa ser cumprido, a população precisa ser respeitada. Não vou pensar politicamente, mas na gestão. Estou lutando para formar um grupo que possa caminhar do início ao fim. Eu acredito que quando se tem expectativas atendidas, você caminha junto. Quando não se tem, a tendência é buscar posições mais estáveis. Como eu sou físico, vou usar uma ilustração física: Partículas que se encontram que gravitam em harmonia são estáveis. Estou lutando pelo grupo, para que o grupo tenha uma gravitação harmônica.

Alô Brasília: Com toda essa avaliação, na sua visão, 2010 será decidido pela gestão e pela união?

Rodovalho: A população hoje procura gestores, respostas individuais e coletivas. O processo está muito amadurecido. O gestor tem que pensar no macro e no micro. Tem que pensar na sociedade e no individuo. Quem não pensar dessa forma será surpreendido no futuro.





Pela união de um grupo

Posted by Bispo Rodovalho | | Posted on 09:52

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Entrevista concedida ao Jornal Alô Brasília
Á Lívio di Araújo em 20/03/09

Físico especializado em Ressonância Magnética, o secretário de Trabalho Robson Rodovalho é uma das grandes lideranças do Distrito Federal. Eleito deputado federal pelo DEM, o goiano de Anápolis é o comandante de um grande ministério evangélico, a Igreja Sara Nossa Terra, ao lado da esposa, a bispa Lúcia Rodovalho. O secretário falou com exclusividade ao Jornal Alô Brasília nesta semana sobre temas como a secretaria, o cenário político do Distrito Federal e sua disposição em disputar uma vaga no Senado em 2010. Ou não... Afinal, Rodovalho está estudando, atentamente, os convites que tem recebido.

Alô Brasília: O senhor foi eleito como deputado federal, mas atua hoje como secretário de Trabalho do DF. Por que abrir mão de um trabalho Legislativo para assumir um cargo no Executivo em meio a uma crise econômica e um cenário de empregabilidade tão difícil?

Rodovalho: Eu fui convidado pelo governador Arruda para ser secretário ainda no início do governo. Mas eu senti a responsabilidade de estar na Câmara dos Deputados naquele momento, até porque eu estava criando a Frente da Família, da qual sou presidente. Depois de um ano eu senti que era possível dar outro passo, visto que a bandeira da família estava muito bem organizada. Foi quando o governador fez o convite novamente. Eu senti que a minha dívida com a camada da população mais carente precisaria ser paga. Tenho três grandes compromissos: com a família, com os mais pobres e com o desenvolvimento.

Alô Brasília: Que compromisso seria esse com a população de baixa renda?

Rodovalho: Os meus três compromissos estão interligados. Acredito que a sociedade sólida provém da família. Ou seja, proteger a família é uma prioridade básica. Outra prioridade é ajudar os mais pobres. Os ricos precisam do Estado, apenas do Estado, mas o pobre precisa de governo. O governo não precisa atender as populações mais privilegiadas, pois eles moram em boas casas, têm asfalto de primeira qualidade, têm saúde privada. Agora o pobre não, ele precisa do governo, da assistência, do incentivo. O terceiro compromisso é com o desenvolvimento, pois a gente sabe que a melhor forma de ajudar o mais necessitando é promovendo a qualificação e inserindo essa pessoa no mercado de trabalho. Esse é o desenvolvimento permanente, a forma de dar não apenas o peixe, mas ensinar a pescar. Então eu aceitei o desafio e assumi a secretaria.

Alô Brasília: A-Tenda é um dos carros-chefes da secretaria?

Rodovalho: É o carro-chefe. É o programa da secretaria. Lançaremos mais novos programas, mas A-Tenda é o carro-chefe porque são 2,5 mil pessoas que passam pela qualificação sem nenhuma evasão, evasão zero. Isso nunca aconteceu em nenhum programa do Ministério do Trabalho. Pelo contrário, durante o curso nós temos é procura pelos cursos. Enquanto capacitamos às pessoas, outra parte da equipe está nas ruas captando empregos na região. A pessoa já sai empregada.


Alô Brasília: Todos têm a garantia de emprego?

Rodovalho: Entre 15% e 20% das pessoas que passam pelos cursos já saem empregadas. É um quantitativo respeitável.

Alô Brasília: O senhor termina o governo como secretário ou pretende voltar á Câmara dos Deputados?

Rodovalho: Eu tenho um programa montado na secretaria que eu gostaria de terminá-lo. Esse governo é um governo de coalizão que nós montamos de líderes da cidade, ganhamos, deu certo. Estamos realizando o governo com muitos acertos e alguns erros, todos entendemos que erramos, mas o governo está aí. Eu quero terminar uma fase, um projeto, e quero dar um choque de qualificação e gestão na cidade. Quero trazer coisas que nunca ninguém pensou e realizou. A-Tenda é uma delas. Depois, nós vamos ver como será o palco de 2010 e a partir daí é que decidirei meu futuro. A prioridade do governo tem sido a gestão, mas por outro lado, politicamente, tem sido sempre falado dentro do governo que a gente (eu e o governo) temos tido algumas dissonâncias.


Alô Brasília: Que dissonâncias?

Rodovalho: Eu acho que o nosso grupo abriu muito e abrigou ex-adversários que serão futuros adversários, e isso desvaloriza quem está dentro do nosso grupo desde o começo, e valoriza quem não vai contribuir no futuro. Eu não sei como vai ser o futuro, mas estou lutando para manter a unidade do grupo.

Alô Brasília: E o senhor está satisfeito com o partido ou pretende mudar de legenda?

Rodovalho: Brasília inteira sabe da dificuldade que eu tenho com o partido desde o início, principalmente na questão mais filosófica. Eu acho que no nosso partido, embora sendo um partido tradicional, de grandes contribuições para o país no passado, eu não encontro muito espaço para a inserção social. O mundo mudou muito, o discurso hoje é outro, a realidade é outra. Tenho excelentes relações pessoais com os membros do partido, mas dificuldades com o eixo, com a filosofia central. O TSE proibiu-nos de sair, isso foi ruim. Eu não entendo, feriu a democracia. Estamos entrando 2010 com a possibilidade de todos estarmos trancados, sem possibilidade de nos realinharmos filosoficamente. Mas se as regras forem essas, terei que acatá-las. Tenho excelentes relações com os Democratas, mas quero crescer.

Alô Brasília: E está tendo dificuldades de crescer dentro do DEM?

Rodovalho: Eu almejo novos passos e o DEM deveria ter, no mínimo, a dignidade de abrir uma consulta honesta, transparente, sem conduções de caciques, uma coisa realmente democrática, para que as pessoas possam crescer. Se o Obama estivesse no Brasil ele jamais seria o presidente, por todas as regras. Isso desanima a gente.

Alô Brasília: Esses novos passos seriam rumo ao senado ou ao GDF?

Rodovalho: Por enquanto eu digo que quero crescer. Eu só acho que temos que buscar o potencial de quem tem chance. Quando fazemos parte de um grupo e um deste grupo ganha, todos ganham. Eu quero fazer parte de um grupo que seja vencedor, que não use golpes baixos, joguinhos, coronelismo, honesto, capaz de fortalecer uns aos outros em busca da vitória maior. Meu nome está disponível. Sei que comecei agora, tem muita gente na fila antes de mim, mas sei também do meu potencial de liderança dentro da cidade.

Alô Brasília: Mas se o senhor tivesse que se decidir agora?

Rodovalho: Você está me apertando muito... Mas se fosse hoje, eu lutaria para conseguir a vaga no Senado. Mas o quadro é 2010, quero ouvir o governador, o grupo.

Alô Brasília: Ainda não temos cenário definido, mas temos um pré-cenário basicamente instituído. Uma reeleição, uma volta esperada, uma promessa. Temos, no mínimo, três fortes nomes para 2010. No cenário do momento, como fica o Robson Rodovalho?

Rodovalho: O quadro de 2010 será muito difícil, completamente diferente do que em 2006. O mais difícil da história do DF, mas o melhor também. Grandes gestores, todos com muita experiência e a cidade vai ganhar. Quando se tem um pleito democrático como esse, todo mundo ganha. Meu nome está colocado na mesa para o senado, mas eu sou de harmonização. Tenho meu marco e quero discutir internamente. Por enquanto, temos apenas previsões.

Alô Brasília: E sobre a possibilidade de o senhor ser o vice do Roriz?

Rodovalho: (pausa) Esses convites no mundo político são muito comuns. Hoje, todo mundo é convidado. Tanto pelo governador Arruda quanto por outros partidos. Eu fui convidado por quase todos os partidos do Distrito Federal. Mas, como eu já disse, o palco será formado em 2010, apenas. Até lá, quero fazer uma grande gestão. O DF precisa ganhar políticas públicas, o compromisso que foi feito em 2006 precisa ser cumprido, a população precisa ser respeitada. Não vou pensar politicamente, mas na gestão. Estou lutando para formar um grupo que possa caminhar do início ao fim. Eu acredito que quando se tem expectativas atendidas, você caminha junto. Quando não se tem, a tendência é buscar posições mais estáveis. Como eu sou físico, vou usar uma ilustração física: Partículas que se encontram que gravitam em harmonia são estáveis. Estou lutando pelo grupo, para que o grupo tenha uma gravitação harmônica.

Alô Brasília: Com toda essa avaliação, na sua visão, 2010 será decidido pela gestão e pela união?

Rodovalho: A população hoje procura gestores, respostas individuais e coletivas. O processo está muito amadurecido. O gestor tem que pensar no macro e no micro. Tem que pensar na sociedade e no individuo. Quem não pensar dessa forma será surpreendido no futuro.





Mulheres Surpreendentes!

Posted by Bispo Rodovalho | | Posted on 11:21

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Mais uma vez algo surpreendente me acontece. Essa se deu no Dia Internacional da Mulher.
A festa decorria normalmente na Esplanada dos Ministérios. Todos os presentes aguardavam o show do cantor Fábio Júnior. Uma multidão em torno de 10 mil pessoas aguardava a entrada da estrela principal e neste meio tempo, eu visitava as tendas das Secretarias que ali estavam prestando serviços. Entre elas as tendas das Secretarias do Trabalho, Ação Social e da Saúde.
Eu estava visitando a tenda da Saúde e cumprimentava as mulheres parabenizando-as, quando de repente se aproxima de mim uma mulher maltrapilha. Roupas rasgadas, cabelos despenteados, sandálias nos pés e um saco nas costas. Cena bem típica e característica de nossos pobres e mendigos brasileiros.
Eu percebi que ela me acompanhava já há algum tempo, quando eu me voltei para ela e a cumprimentei pelo seu dia. Ela sorriu, de forma envergonhada pela ausência de dentes e me disse:- "Posso te fazer um pedido? Imaginei que ela fosse me pedir algum dinheiro para comer ou um emprego para um parente. Mas ela me surpreendeu quando me disse:- “Eu quero uma oração sua como presente no dia de hoje, é possível?”
Confesso que me desconcertei. Senti amor por ela e compaixão por seu estado e toda sua dor. Senti que ela apelava ao poder soberano de Deus, e desistira de qualquer petição na esfera humana, pela decepção no plano natural.
Coloquei minha mão em seu ombro, caminhei com ela a um lugar um pouco mais silencioso, aonde oramos naquele momento. Ela me abraçou, agradeceu e se afastou.
A cena continuou comigo durante todo o dia. Aquela mulher suja, maltrapilha e desencantada com a vida, representava para mim quase uma parábola. Ela representava uma classe de mulheres que pertencem a outro Brasil. O Brasil dos pobres, dos desencantados, dos desistentes. Logo no Dia Internacional da Mulher!
Meditei naquele quadro o restante do dia, e tive a clara consciência de que as mulheres brasileiras merecem bem mais que um dia de festas. Elas merecem políticas públicas que as levem á dignidade e a plena cidadania.
Precisamos resgatar a esperança de nossa gente, especialmente de nossas mulheres que são mães, companheiras e esposas. São elas que sofrem todas as dores de sua família, de seus filhos e de suas próprias vidas.
Como Bispo e homem que acredita no poder sobrenatural de Deus, eu apreciei aquela oração. Mas como homem público, eu senti o impacto de seu pedido. Ela desistira da humanidade. Agora, sua única esperança e expectativa, eram o transcendental e o Divino.
Como cenas como esta, com tão poucas palavras, podem representar tanto para nós? É incrível que tiremos lições tão profundas de momentos tão breves e inesperados!
Que possamos tirar força destas lições e lutar. Lutar por um Brasil que necessita desesperadamente de nossa ajuda e de nosso trabalho. São momentos como estes, que nos dão forças para prosseguirmos adiante.
Que possamos ajudar, seja por meio de projetos de leis, de projetos e programas sociais e de governos, para que nossa gente acredite na vida e tenha coragem e força para lutar por ela.


Deputado Rodovalho.

BARACK OBAMA, TONY BLAIR E A NOVA GERAÇÃO

Posted by Bispo Rodovalho | Posted in , , | Posted on 13:19

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Considero-me privilegiado, por neste momento de nossa conjuntura política internacional poder estar presente no evento onde as mentes mais célebres e prestigiadas expuseram suas idéias, seus planos sobre o futuro de nossas nações, os desafios que nos apresentam e qual a melhor forma de enfrentá-los.

Parlamentares e líderes de diversas nações, puderam se unir em torno de uma palavra simples e direta. A fé humana em um Ser Supremo, a serviço da humanidade, como fator de aglutinação e não de divisão e guerras.

Não apenas cristãos, mas pessoas de diversas religiões estão ali, no simples intuito de poderem expressar seus pensamentos e ouvirem uns aos outros.

Há dois anos, minha companheira de mesa foi a então ex-primeira ministra e hoje mártir, Benazir Buto. Foi interessante ver e conversar pessoalmente com uma mulher de fibra capaz de desafiar um sistema tão forte e radical, como o sistema de governo, a cultura e a religião que predomina no Paquistão.

Ouvimos como ela se portava frente ao enorme desafio de voltar ao seu país e enfrentar a possibilidade de seu sacrifício, por amor ao seu povo. Era a missão que acreditava ter recebido.

Neste ano, foi igualmente emocionante ouvir as palavras do ex primeiro ministro britânico, Tony Blair, ao falar sobre os dilemas da humanidade, que enfrentamos em nossa geração e a melhor forma de nos colocarmos frente a eles.

Como um homem, com toda a experiência, e a visão que seu cargo lhe trouxe, enxerga a vida e luta por ela?

Não falamos de uma pessoa apenas bem intencionada ou impulsionada por um idealismo, mas de alguém que teve tamanho poder para intervir nas relações humanas dos países e dos indivíduos. De alguma forma os "ex", trazem melhor leitura e visão do quadro geral do que os que estão em meio ao processo da administração do poder.

É a visão dos que conseguem sair do meio da selva de edifícios e enxergar a cidade, por fora e de longe. A visão é ampla e melhor do que, enquanto estão dentro dela.

Ouvir Tony Blair, falar dos limites das paixões por mudanças, por mais bem intencionadas que sejam, colocam nossos pés no chão. Ouvi-lo falar que nem sempre os sonhos e as novas propostas nos conduzem para uma vida melhor. E logo em frente ao maior ícone da política moderna, presidente Barack Obama, é um privilégio sem precedentes.

E finalmente, ouvi-lo falar sobre sua experiência de luz espiritual, que o motiva e o fortalece frente às situações mais difíceis é emocionante, e nos remete ao pensamento que não importa a altura onde os homens possam ter chegado, todos precisam da fé interior como fonte de força e inspiração. Melhor ainda foi ouvi-lo dizer do alto de sua experiência, que o humanismo não tem as repostas para as grandes perguntas de nossa existência, e que a fé em um Deus pessoal ainda continua a ser o grande baluarte da nossa existência. Após as palavras de Tony Blair, foi à vez do presidente Barack Obama que discorreu sobre o momento em que estamos passando e na inter-relação global que nos une como nações, independente de nossos desejos ou vontades. Estamos todos no mesmo barco.

Não importa por quais motivos chegamos até aqui, o importante agora é encontrar a saída. E essa foi sua missão elegida.

Obama parece livre de qualquer espírito de revanche. O peso de sua responsabilidade é o que parece nortear suas palavras e seus atos.
Reafirmando seus compromissos básicos de campanha, especialmente aquele que ele acredita serem os que mais possuem raízes no cristianismo, Barack Obama, lembrou que são inaceitáveis algumas decisões da administração anterior que, cerceava o direito de igualdade e de oportunidades a todos.
Sem o compromisso de politizar, presidente Obama, colocou sua experiência de vida, e como venceu sempre seus maiores desafios sempre movido por fé e pela pureza de coração e sinceridade.

Obama aparenta realmente acreditar nesses valores, e está disposto a lutar por eles.

Impressionante, foi ouvi-lo dizer a receita de seu sucesso pessoal de vida: "orar como se tudo dependesse de Deus, e trabalhar como se tudo dependesse de você."

Em um palco como este temos a oportunidade de ouvir não apenas celebridades, mas de ver como enfrentam suas humanidades e idiossincrasias.

O evento acima de tudo trouxe-me a certeza de que definitivamente a responsabilidade de encontrar caminhos e soluções para nossas sociedades e nossos problemas está com a nossa geração. Parece que a contribuição das gerações anteriores foi dada e nos trouxe até aqui. Com tudo que a vida moderna tem de bom ou mau. De acertos ou de erros. A partir de agora é conosco.

Somos frutos de uma mesma onda de experiências e valores que presenciamos, e que escolhemos acreditar. Passamos pelos mesmos vales e chegamos até aqui.

Por isto, mentes como Barack Obama, Tony Blair e outros, tem encontrado ressonância social e política pela empatia com seus companheiros de viagem, nesta existência humana. 


Deputado Rodovalho/ EUA