BÍBLIA - VERDADE OU FICÇÃO? PARTE III

Posted by Bispo Rodovalho | | Posted on 15:23


(...) sendo que todo ser vivo absorve esta substância diariamente, durante a vida inteira, com o alimento que ingere e o ar que respira. No decorrer de 5600 anos este carbono perde a metade da sua radioatividade primitiva, e em toda substância orgânica morta é possível verificar com o contador Geiger esta perda contida nas substâncias.

Um professor chamado Dr. Willard Libby, que foi o encarregado de comandar a pesquisa, tomou um pedaço do linho que envolvia o rolo de Isaías, carbonizou e colocou uma bateria de tubos Geiger, obtendo uma linha de resultados surpreendentes. Constatou-se que o tecido era de linho colhido no tempo de Cristo. Os documentos nele contidos deviam ser de uma data ainda mais antiga.

Depois de pesquisas minuciosas e demoradas, os estudiosos chegaram à conclusão de que o documento envolto por esse linho era o texto de Isaías, encontrado na caverna de Qunram, e que essas 17 folhas do pergaminho provavelmente foram o livro que Jesus leu na sinagoga de Nazaré, a qual fica bem perto dali.

O professor Albright havia sido o primeiro a concluir que realmente estes haviam sido escritos por volta do ano 100 a.C. Pode-se então avaliar a extensão da descoberta dos manuscritos do Mar Morto, a seriedade e a importância dela para a atestação da veracidade da Bíblia Sagrada.

Versões reconhecidas

Lucas 4:16-17

"Os movimentos das mãos de Jesus estão agora bem próximos de nós", escreve o professor André Parrot, que participou de pesquisas com o manuscrito. Segundo ele, na parte de trás do pergaminho do Mar Morto que contém o texto de Isaías ainda se observam vestígios deixados pelos dedos dos leitores.

Aqui temos uma abordagem científica, quanto à veracidade dos manuscritos originais da Bíblia Sagrada. Ressaltamos que estes manuscritos continham apenas livros do Velho Testamento, pois as cartas de Paulo já vieram muito tempo depois.

A mais antiga versão integral que existe do Antigo Testamento é a chamada Septuaginta. Trata-se de uma tradução livre para a língua grega, desviando-se em muitos pontos da versão original escrita em hebraico. Foi feita em 285 a.C, provavelmente para os judeus que foram espalhadas por todas as nações, uns 160 anos depois da volta de Neemias do cativeiro.


Isto foi feito porque os livros dos profetas eram separados, e somente os livros de Moisés estavam agrupados. Houve nessa época uma preocupação dos líderes religiosos judeus com o fato de Israel ter sido espalhado por todas as nações, e isso foi necessário para que eles pudessem ler a Bíblia onde quer que estivessem.

No século IV um judeu chamado Áquila, natural de Sinopos, em Ponto, que se converteu do paganismo ao judaísmo, fez uma segunda tradução do texto hebraico para o grego, a qual ficou conhecida como versão de Teodotion de Éfeso, e que reviveu a Septuaginta.

A versão latina

É importante entender este processo, pois foi a partir disso que se fez uma versão latina. Isto porque o grego aos poucos foi deixando de ser falado, tendo o latim assumido o papel de língua universal, sendo então a Bíblia traduzida para o latim.

Não se sabe ao certo como e onde se deu a tradução, sendo essa história desconhecida. De qualquer forma, essa versão em latim tornou-se a versão autorizada da igreja cristã daquela época, posteriormente Igreja Católica Romana.

No ano 383, São Jerônimo, um dos mais sábios do seu tempo, que era secretário de Damasios, bispo de Roma, fora convidado por este para corrigir e melhorar a Bíblia Latina. Então, Jerônimo completou a revisão do chamado Novo Testamento.

Logo após a morte de Damasios, Jerônimo mudou-se para Belém, onde fundou um mosteiro. Aos oitenta anos começou uma nova tradução do Novo Testamento do hebraico para o latim. Nesta versão, que foi chamada de Vulgata, foram incluídos os apócrifos, e esta ficou sendo a base de toda tradução por mais de mil anos. No concílio de Trento, em 1547, a Vulgata foi proclamada como totalmente inspirada por Deus, sendo adotada até hoje como versão oficial da Igreja Católica.

O Novo Testamento em grego foi traduzido por um erudito chamado Erasmo, em 1516. A sua tradução foi tão forte que desbancou a tradução da Vulgata. Erasmo possuía um desejo muito ardente de deixar a Bíblia clara e inteligível, a fim de que todas as pessoas não apenas tivessem acesso a ela, mas que pudessem lê-la.

Quando em toda a Europa culminou a reforma protestante, a tradução feita por Erasmo serviu de base para muitas traduções. Na Inglaterra, Guilherme Tindale começou a distribuir a Bíblia ao povo na sua própria língua, iniciando um processo irreversível de tradução das Escrituras para diversos idiomas. Com isso foi sendo espalhada por todas as nações, tendo versões e traduções produzidas cada vez com mais critérios, com traduções mais detalhadas e precisas.

Amanhã abordarei a questão das comprovações de autenticidade, encerrando essa série de palavras sobre a veracidade da Bíblia Sagrada.


Dep. bispo Rodovalho
Brasília, 16/11/09.

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