QUANDO COMPREENDEMOS O PODER

Posted by Bispo Rodovalho | Posted in , , , | Posted on 15:43




Vamos analisar como Deus vê o poder, e qual é a Sua ótica sobre o mesmo.

II Cr. 27.6: "Tornou-se Jotão poderoso, porque dirigiu seus caminhos na presença de Deus”

A excelência traz o poder, e isto às vezes amedronta. As pessoas têm medo de ser tornarem excelentes porque através dela vem o poder e o poder muitas vezes corrompe e faz tropeçar. É compreensível que isto aconteça, porém isto não pode nos paralisar.

É preciso crer que podemos quebrar a maldição do ciclo: Excelência>Poder>Exaltação> Concepção.

Os vencedores quebram este ciclo. O Patriarca Abraão foi um vencedor e não se corrompeu. Foi um homem excelente, hábil e rico. E nada disto o corrompeu.

Davi foi um rei muito poderoso e muito rico. Nem por isso se corrompeu. Era humilde, generoso e temente a Deus. Não obstante a sua imensa riqueza, ele se considerava “pobre e necessitado (Salmos 40.17).

O apóstolo Pedro, um dos grandes líderes da igreja primitiva, também venceu e não se deixou corromper. Enfim, toda Bíblia está repleta de homens e mulheres que souberam lidar com o poder. Por isso foram mais do que vencedores foram excelentes e hábeis na sua geração.

O versículo 6 do capítulo 27 de II Crônicas, acima mencionado, faz uma declaração extremamente diferente e honesta. Deus diz que o rei de Israel se tornou poderoso e que isto veio porque ele buscou a Sua presença. Percebemos aqui imensas lições sobre o poder, assim como a perspectiva do Senhor sobre ele. Esta declaração se torna primeiramente interessante devido ao seu autor. Deus foi quem a fez. Jotão se tornou poderoso aos olhos de Deus e não aos olhos dos homens apenas.

As vezes consideramos que alguém se tornou poderoso, forte, conhecido, que cresceu e se tornou auto-suficiente em seu poder, mas aos olhos de Deus ele continua frágil, mesquinho e infantil. Este é o caso de Saul que, aparentemente, se fortaleceu e organizou exércitos (I Sm 13.1-7), porém na perspectiva de Deus, já estava vencido. Eis que já havia se prostrado perante o deus do orgulho, do qual originou o seu nome (Esaú - aquele que é altivo).

Quando Deus diz que Jotão se tornou poderoso, o Senhor faz uma declaração deveras salutar. Ele não tem medo de conceder poder ao homem. Deus não amaldiçoa o poder, como muitos de nós o fazemos, quando tentamos interpretá-lo. Todavia, Deus o abençoa. Se Deus diz que Jotão se tornou poderoso, e este poder veio de Sua santa presença, é porque Ele santificou aquele estado. Enfim, o drama da humanidade é a questão da administração, uma vez que, quem detém o poder, normalmente traça a direção, se torna influente e traz consigo a responsabilidade de ser bênção ou maldição.

Síndrome da Fracassomania

Parece que o Senhor não compartilha do mesmo sentimento que temos a respeito da fracassomania ou seja: tudo tem que fracassar. A Bíblia diz que, tudo o que for vivo um dia morrerá; mas morrer nem sempre é fracasso. O Senhor nos faz essa asseveração quando nos relata a vida de Jotão. No decorrer de apenas sete versículos Ele nos falou muita coisa. O oposto de Jotão foi seu pai Uzias. II Crônicas 26.1-23, nos conta a história de Uzias, que também foi um rei muito poderoso. Estes versos nos mostram que ele enfrentou exércitos, expandiu o reino, conquistou cidades, inventou armas. Enfim, Uzias fez mais do que o seu filho, na perspectiva dos homens, porém, na perspectiva de Deus, ele foi um rei leproso como está registrado em II Crônicas 27.19.

Vemos ainda que, quando se fortaleceu, devido à ajuda que recebeu, "exaltou seu coração, para sua própria ruína" (II Cr. 27.16). Isto se deu porque o seu poder não vinha de um coração de servo, mas cheio de orgulho. É comum nos deparamos com homens que usam do "servir" para obter poder, enquanto o plano de Deus é nos dar poder para que tenhamos as condições necessárias para "servir". Portanto, podemos ter poder para servir, ou servir para termos poder. O poder não pode ser um fim em si mesmo. Se isto acontecer, ele apodrecerá qualquer indivíduo ou sistema. O poder apenas tem sentido quando é regido pela paixão que extravasa os corações, e nos faz sentir a pequenez e a fragilidade humana.


Bispo Rodovalho
11/05/2010









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